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Saturday, March 24, 2007

Diáclases


Uma diaclase (ou diáclase) é uma fissura ou junta que divide os maciços rochosos; as diaclases constituem, em regra, sistemas que se entrecruzam e compartimentam os maciços em blocos mais ou menos paralelepipédicos. Quando se verifica movimento ou deslocação ao longo das diaclases, estas transformam-se em falhas.


As diaclases, que podem ser causadas por forças tectónicas, podem ser encontradas em praticamente qualquer afloramento. Tal como qualquer material quebradiço, as rochas frágeis quebram-se mais facilmente nas fissuras ou pontos fracos quando sujeitas a pressão. Estes pontos fracos podem ser pequenas fissuras, fragmentos de outros materiais ou, mesmo, fósseis. Forças regionais – compressivas, distensivas ou cisalhantes – desaparecidas há muito podem deixar a sua marca sob a forma de uma rede de diaclases.



As diaclases também se podem formar como resultado da contracção e expansão das rochas não devidas a forças tectónicas quando a erosão retirou as camadas superficiais. Ao serem retiradas estas camadas, a pressão confinante de formações inferiores diminui, permitindo a expansão das rochas e o desenvolvimento de redes de diaclases – este processo também é conhecido como meteorização (física) por alívio de pressão. Também nas escoadas de lava se podem formar diaclases. Neste caso, à medida que a lava arrefece formam-se diaclases colunares hexagonais, originando colunas hexagonais, algumas com dezenas de metros de altitude.

Quando uma formação se fractura em muitos locais, desenvolvendo diaclases, estes são apenas o início de uma série de mudanças que irão alterar significativamente o afloramento. Por exemplo, as diaclases fornecem excelentes canais através dos quais a água e o ar podem chegar às profundezas do afloramento e acelerar a meteorização e o enfraquecimento da sua estrutura interna. Se dois ou mais conjuntos de diaclases se intersectam, formando uma rede de diaclases, a formação fende-se em grandes colunas ou blocos.


Ciclo das Rochas


Os três grupos de rochas - magmáticas, sedimentares e metamórficas, transformam-se continuamente na natureza num conjunto de processos geológicos denominado o Ciclo das Rochas. Este foi pela primeira vez descrito em 1785 pelo escocês James Hutton, numa apresentação oral diante da Royal Society of Edimburg.



Após arrefecimento, o magma solidifica originando rochas magmáticas. Estas podem-se formar-se à superfície devido a processos vulcânicos, ou no interior da crusta.

Uma vez expostas à superfície, as rochas sofrem meteorização e erosão, processos promovidos fundamentalmente pela água e pelo ar, originando sedimentos. Estes depois de transportados pela água e pelo vento, depositam-se em zonas deprimidas da crosta continental ou oceânica.Devido a fenómenos de subsidência, os materiais da crosta vão afundando aumentando a pressão e a temperatura. Originam então rochas sedimentares.

Com o continuar do processo de subsidência crustal, em que a pressão e a temperatura aumentam, as rochas sofrem recristalizações no estado sólido dos seus minerais. Surgem as rochas metamórficas.

Caso a temperatura ainda aumente mais as rochas fundem originando-se o magma, que pode voltar a formar novamente rochas magmáticas.

Qual a relação entre a formação das rochas sedimentares e a formação dos fósseis?


Existem diferentes tipos de fósseis, logo existem diferentes formas destes se formarem. No entanto, a maioria dos fósseis tem o seu processo de formação interligado com a formação das rochas sedimentares onde se encontram. A maioria das rochas expostas à superfície da Terra são rochas sedimentares, formadas a partir da deposição e consolidação de partículas desprendidas de rochas mais velhas, que sofreram a erosão da água e do vento, partículas como o cascalho, a areia ou argila. Com a passagem do tempo e a acumulação por deposição de mais partículas, frequentemente com mudanças químicas, os sedimentos desagregados transformam-se em rocha firme. Mas isto já tu conheces, pois já estudaste os processos de sedimentação e diagénese.



Para que os fósseis se formem, a deposição destas partículas sedimentares tem de ocorrer em locais onde existam animais e plantas mortos ou vivos, que ficam, assim, enterrados. Mas não é uma questão tão simples como parece, pois apenas uma fracção muito pequena das plantas e animais do passado fossilizaram. As condições mais favoráveis para a formação de fósseis ocorrem junto às praias ou em mares pouco profundos. Quando os rios lançam neles as suas água lodosas ou as tempestades lhes revolvem o lodo do fundo, ficam suspensas na água muitas partículas minerais. Tais partículas depositam-se gradualmente, recobrindo animais e vegetais vivos ou mortos. Depois, novas camadas de lodo e outros materiais sedimentares vão-se depositando sobre as primeiras, devido a posteriores tempestades e cheias. Com o tempo e as pressões que as camadas superiores vão exercendo, as camadas inferiores de sedimento convertem-se em rochas compactas. Mais tarde, a erosão ou os movimentos da crusta terrestre podem fazer variar a posição e situação dessas rochas sedimentares, que podem aparecer à superfície alguns milhões de anos mais tarde. É por este motivo que, frequentemente, se encontram fósseis de seres marinhos incluídos em rochas situadas muito acima do nível do mar.


O conjunto de processos físicos e químicos que permitem a conservação de restos e marcas dos seres vivos designa-se por fossilização. Para que se dê a fossilização de um organismo é necessário que ele, partes dele ou apenas os seus rastos ou marcas fiquem rapidamente ao abrigo dos agentes da erosão e da decomposição.

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